RESUMO:
O artigo tem como desiderato a investigação teórica/empírica sobre a mobilidade espacial do trabalho e sua manifestação particular no Sertão de Alagoas. Parte-se do pressuposto de que a mobilidade espacial do trabalho é um fenômeno imanente ao capitalismo e decorrente da expropriação dos trabalhadores de seus meios de produção, que formou uma massa de capital variável, redundante e móvel. O advento da acumulação flexível, no final década de 1960, galvanizou a mobilidade espacial do trabalho, em razão da transformação do desemprego em uma realidade inexorável. No Sertão de Alagoas, o latifúndio e o monopólio das fontes de água pelas oligarquias locais, a presença de camponeses, quilombolas e indígenas vivendo em minifúndios e a existência de trabalhadores privados do acesso ao emprego nos pequenos núcleos urbanos da região, ensejaram a formação de redundantes que, sazonalmente, deslocam-se para o Leste de Alagoas e para outras regiões do país. Parte dessa massa humana costuma ser capturada como trabalho escravo, sujeitando-se às formas mais vis de relações sociais. O Sertão de Alagoas se transformou num lócus espacial onde se formam e se evadem redundantes que acompanham os ciclos do capital.
Palavras–chave: Mobilidade espacial; trabalhador redundante; acumulação flexível; reprodução do capital; trabalho escravo.
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